Arnaldo Antunes

Arnaldo Antunesem geral é apresentado como músico, poeta e artista visual. De fato, ele é muito dos três. E ao mesmo tempo. Para o público jovem, ele é mais conhecido por sua participação como vocalista e letrista da banda Titãs. Mas Arnaldo é acima de tudo um grande poeta.




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Arnaldo Antunesem geral é apresentado como músico, poeta e artista visual. De fato, ele é muito dos três. E ao mesmo tempo. Para o público jovem, ele é mais conhecido por sua participação como vocalista e letrista da banda Titãs. Mas Arnaldo é acima de tudo um grande poeta. Além dos inúmeros poemas cantados, ele é autor de vários livros onde criou um universo poético pulsante nos temas e finamente experimental na forma. Neles encontramos poemas visuais, minimalistas e versos cadenciados, todos carregados de eletricidade vocabular e reflexiva. O que encanta na sua poesia é a clareza cristalina com que elementos arqui-conhecidos são dispostos em uma composição provocativa que desfaz nexos óbvios e restaura a perplexidade e a indagação (“o seu olhar me olha, o seu olhar é seu, o seu olhar melhora o meu”). No palco, o que fascina é sua linguagem em formato total: corpo, voz e verso desafiando a harmonia do que a rotina adormeceu.

Poucos sabem que Arnaldo Antunes ingressou no curso de Lingüística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP em 1978 e só deixou o curso quando o sucesso dos Titãs lhe tomou o tempo com gravações, turnês, ensaios. E que antes do primeiro disco dos Titãs (1984), já circulava seu primeiro livro de poemas “Ou e “ (1983). Essa mescla de influências na formação artística se tornou sua marca como poeta e músico. Por um lado, ele é mestre de uma poética sofisticada que dialoga com a poesia concreta e a vanguarda experimental, por outro, conseguiu traduzir essa mesma poesia para o pop-rock de sucessos como “Fome”, “Comida”, “O Pulso”. A mistura do erudito e do pop moderno está presente tanto em letras dos discos iniciais dos Titãs (O que, Medo, O Pulso, Nomes aos bois) como em composições da sua carreira solo (Budismo moderno, Silencio, Música para ouvir, O buraco do espelho, Quase tudo), ou mesmo nas parcerias mais famosas (CD Tribalistas de 2002).

A presença de Arnaldo Antunes na UFMG dentro do projeto “Sentimentos do Mundo” não poderia ser mais inspiradora: seu trabalho representa a possibilidade real do diálogo iluminador entre a arte das vanguardas com o público e a vida onde essa arte toma forma.


Temas de Palestras:

- Cantores/Bandas;
- Shows;
- Lives;

AT 12-23
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