Marcio Canellas

Marcio Canellas começou a estudar agronomia, mas abandonou o curso para fazer jornalismo.




Marcio Canellas começou a estudar agronomia, mas abandonou o curso para fazer jornalismo.

Formou-se em comunicação social pela Universidade Federal de Santa Maria.

Iniciou sua carreira profissional como repórter de polícia, no jornal A Razão.

Pouco tempo depois, fez um teste e foi contratado pela afiliada da Rede Brasil Sul de Comunicação (RBS) de Santa Maria. No telejornal local, trabalhou na criação de pautas, na produção e na edição.

Em meados da década de 1980, foi indicado pela jornalista Jô Mazarollo, na época coordenadora da RBS, para trabalhar na emissora afiliada da TV Globo em Ribeirão Preto, a EPTV. A primeira matéria do repórter no Jornal Nacional foi sobre o casamento de um preso na cidade de Jaboticabal, no interior paulista, em que toda a delegacia se mobilizou para a cerimônia: o delegado foi o padrinho, e os policiais serviram de testemunhas.

Em 1990, Canellas foi convidado por Carlos Henrique Schroder para trabalhar como repórter especial na TV Globo do Rio de Janeiro. Na editoria Rio, Canellas fez várias reportagens sobre a guerra do tráfico nas favelas. Participou também da cobertura da chacina da Candelária (1993) e da passeata na Avenida Rio Branco em que os caras-pintadas pediram o impeachment do então presidente Fernando Collor. Na ocasião, uma estudante chegou a pintar o rosto do repórter com as cores da bandeira brasileira. A imagem se tornou uma das mais marcantes de toda a cobertura.

Marcelo Canellas foi trabalhar em Brasília em 1993. Na capital federal, acompanhou alguns dos principais fatos jornalísticos do período, como a implantação do Plano Real e o julgamento da advogada Georgina de Freitas, ex-procuradora do INSS envolvida em fraudes na Previdência Social.

Em 1996, o repórter cobriu o massacre de trabalhadores sem-terra em Eldorado dos Carajás. Ficou 20 dias na região do sul do Pará com o intuito de destacar como funcionava a estrutura fundiária e como se dava o acirramento do conflito entre latifundiários e trabalhadores rurais.

Em meados da década de 1990, o jornalista iniciou uma série de matérias com temáticas sociais em defesa dos direitos humanos. Tratou, por exemplo, da exploração sexual de menores no Acre e do trabalho infantil no Nordeste. Em uma dessas reportagens, acompanhou o primeiro dia de aula de uma menina carvoeira no sul do Pará.

Exibida no Jornal Nacional, a reportagem de Marcelo Canellas, que mostrava diversas crianças na mesma situação, sensibilizou uma telespectadora na capital paulista, que passou a contribuir mensalmente para ajudar a família da menina a custear sua educação.

Depois de um período na sucursal da TV Globo em Brasília, o repórter voltou para a redação no Rio, onde participou da cobertura do desabamento do edifício Palace II. Em 1998, propôs à direção de jornalismo a realização de uma série de reportagens sobre a fome, baseada no livro Geografia da fome, de Josué de Castro. O projeto foi implementado em 2001.

Naquele ano, o repórter Marcelo Canellas e o cinegrafista Lúcio Alves viajaram durante um mês pelo país e preparam uma série especial, exibida no Jornal Nacional. Fome tornou-se uma das séries mais premiadas do telejornalismo brasileiro.

Entre outros prêmios, a equipe da TV Globo recebeu o Ayrton Senna de Jornalismo, o Barbosa Lima Sobrinho, o Imprensa Embratel, o Vladimir Herzog na categoria de documentário e a medalha ao mérito da ONU (Organização das Nações Unidas).

Dois anos depois, o repórter voltou aos mesmos lugares retratados nas matérias para mostrar que a situação de miséria e pobreza continuava exatamente a mesma. A nova reportagem foi apresentada no Globo Repórter.

Marcelo Canellas também participou de outras séries marcantes do Jornal Nacional, como o especial Eleições 2002, no qual voltou a mostrar o Brasil como um país de contrastes, marcado pela desigualdade social. Ainda nos anos 2000, viajou para o Egito e para Cuba, preparando uma reportagem exibida pelo Globo Repórter sobre as características sociais e culturais dos dois países.

Marcelo Canellas recebeu três vezes o Prêmio Nuevo Periodismo, oferecido pela Fundação Nuevo Periodismo Ibero-americano (FNPI) em parceria com a empresa mexicana Cemex. Em 2002, foi premiado pela série Geografia da Fome. Em 2005, sua reportagem sobre o Cerrado, exibida no Jornal Nacional, foi a vencedora na categoria Telejornalismo. Três anos depois, a série Terra do Meio: Brasil invisível, exibida no Bom dia Brasil, ganhou na categoria Sustentabilidade.

Atualmente apresenta o programa Brasileiros, juntamente com Edney Silvestre e Neide Duarte.

Tipos de Trabalhos:

- Jornalistas
- Mestre de Cerimônias
- Escritores / Autores
- Moderador de Debates

AT 11-09
Mande-nos uma Mensagem