O que o varejista pode fazer para enfrentar a crise?


O que o varejista pode fazer para enfrentar a crise?

Causadas por fatores internos ou externos, crises se instalam e com o tempo são dissipadas, algumas mais rapidamente e outras não, mas é certo que elas serão superadas, promovendo um novo e diferente ciclo de crescimento.

Crises como a que vivemos hoje, não são desejadas, porém provocam grandes transformações no ambiente de negócios: se não fosse a crise do apagão dos anos 90, não teriam ocorrido avanços na eficiência energética na década seguinte, e mais recentemente, se não houvesse a crise hídrica, permaneceríamos desperdiçando água e não teriam surgido tantas oportunidades baseados na reciclagem e preservação dela.

Para os pequenos lojistas, na prática, a piora dos indicadores econômicos são percebidos no dia-a-dia, principalmente pela elevação dos custos, queda nas vendas e aumento da inadimplência.

Embora não exista receitas prontas para superar a crise, existem duas palavras que traduzem muito bem as necessidades dos empreendedores nesse momento: austeridade e criatividade.

Austeridade significa cuidar ainda mais de perto de todos os custos da empresa, o que inclui reavaliar cada fornecedor, cada conta paga. É buscar o máximo de eficiência, reduzindo qualquer desperdício de recursos materiais e humanos.

Ser austero não é ser pão-duro, ser austero é avaliar cada decisão com mais critério, mais cuidado, visando reduzir riscos. Também não é cortar custos e investimentos indistintamente.

Em geral as empresas tendem a cortar os custos mais visíveis, como por exemplo, o cafezinho e as embalagens oferecidas aos clientes. Porém, em muitos casos, o vilão dos custos está escondido na ineficiência de processos críticos como compras, estoques, prevenção de perdas, entre outros.

Pode ser o momento de dedicar maior atenção a esses processos, investir no aprendizado e capacitação ou ainda contratar consultoria especializada.

Por outro lado, no meio dessa tempestade, somente usando a criatividade, o empreendedor conseguirá trazer algo novo e único para seus clientes, ou para gestão da sua empresa.

Grandes inovações surgiram em momentos de crise, basta observar enormes saltos que a ciência e a tecnologia deram durante as grandes guerras mundiais do século passado.

Nesse sentido, para alcançar melhores resultados, os pequenos empreendedores devem envolver ao máximo seus funcionários e também seus clientes nesse processo criativo, estimulando e premiando as ideias que são colocadas em prática.

Criar um programa de incentivo em busca de melhores práticas em todas as áreas da loja é simples e não exige grandes investimentos. Os próprios resultados são suficientes para remunerar as premiações.

Após essa fase de grande provação em que vivemos, os empreendedores sobreviventes certamente estarão mais preparados para os futuros desafios que certamente virão.


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