Gilberto Guimarães

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Gilberto Guimarães

Gilberto Guimarães, empresário, executivo, palestrante, professor, consultor, coach, autor dos livros: Liderança Positiva, Esta Desabalada Carreira, Tempos de Grandes Mudanças e das colunas Divã executivo no Valor Econômico e CEO Profissão perigo.


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Inovação e Reinvenção

Inovação e Reinvenção


Uma das questões mais recorrentes, hoje em dia, entre empresários, comerciantes e profissionais, é "como eu faço para criar um produto inovador?”. A maioria das pessoas acredita que inovação é sinônimo de invenção, e que, para “mudar o jogo”, precisam inventar um novo produto, ou alguma nova idéia brilhante. Não é bem assim. A reinvenção é que é a chave para o sucesso. Quando se analisa as empresas e pessoas, que, no passado, tiveram marcas e produtos inovadores, percebe-se que, na verdade, elas não inventaram nada. Em vez disso, elas lançaram um novo produto aproveitando as tecnologias existentes, que “reinventou” as regras e paradigmas estabelecidos em seu mercado, e que acabou por criar uma percepção de uma nova solução, melhor que as existentes, criando o impulso que os levaria para o sucesso e para a obsolescência das soluções e produtos, dos concorrentes. Reinvenção é a criação de uma nova solução para um problema, utilizando novas tecnologias disponíveis, para atender novas demandas ou comportamentos emergentes dos consumidores. Para “virar o jogo” é preciso saber aproveitar as “brechas” e espaços disponíveis. Para que isso seja possível, ao invés de uma de gestão previsional, baseada no passado, o mais correto é a criação de um modelo de gestão mais prospectivo, avaliativo, na tentativa de antecipar o que vai acontecer no futuro, pela observação e análise do já está ocorrendo. O objetivo não é inventar ou tornar-se um pioneiro, o primeiro a chegar. O objetivo é saber aproveitar as tecnologias já existentes, avançar um passo adiante e encontrar uma solução nova e única para um problema. Foi isso que criou o sucesso de empresas como Red Bull, Kellogs, Disney, Apple, Netflix e outras, que foram além, e criaram mais do que um produto, criaram um novo segmento de mercado. As pessoas que lideraram essas “revoluções”, nessas empresas vencedoras, eram pessoas que, como afirma Malcolm Gladwell, no livro “Fora de Série”, já tinham mais de 10 mil horas de prática ou estudo na área, e, por isso, eram tão bons no que faziam. Para ele, este é o paradigma essencial para a pessoa ter sucesso. A equação do sucesso é; talento, mais, trabalho árduo, mais, otimismo, igual, sucesso. Considerando esse conceito como correto percebe-se que, este desafio, a que você está sendo submetida, essa expectativa da sua liderança sobre você, é um tanto quanto prematura. As lideranças, nas empresas, não sabem muito bem como lidar com a permanente incerteza econômica atual. O fato de viverem na instabilidade torna muito complicado fazerem previsões do que vai acontecer com os negócios e, por conseguinte, do que vai ser a evolução da carreira de seus colaboradores. As empresas devem adaptar-se no “aqui-e-agora”, às evoluções do seu ambiente, enquanto que a gestão da carreira e das competências são atividades de longo prazo. Enquanto o período básico do ciclo de produção e controle de resultados é mensal, a base de tempo para a gestão das pessoas vai muito além, sobretudo quando se trata de desenvolvimento de competências, independentemente do setor profissional ou dos cargos. Esta dualidade temporal nos sistemas de gestão acarreta consequências para o desenvolvimento profissional. A evolução profissional segue uma sequência normalmente evolutiva bem definida. Uma das formas de planejamento e avaliação de carreira, por exemplo, é a utilização da estrutura dos quatro estágios, definido por Dalton e Thompson. Ao invés de ser prescritivo e normativo, o modelo reflete o que as empresa valorizam, avaliando o desenvolvimento profissional que se realiza em quatro fases; estágio 1, o do Aprendiz, que realiza tarefas sob supervisão constante; estágio 2, o do Colaborador, que exerce trabalhos elaborados e voltados à resolução de problemas; estágio 3, o do Líder local, que lidera e desenvolve os demais membros da equipe; estágio 4, o do Líder global, que define a direção da empresa, foca na vantagem competitiva e define o futuro. Nesta linha de raciocínio, o que sua liderança espera de você, agora, é uma atuação profissional do estágio 4, o que seria difícil para você, que ainda está no nível do estágio 2 de seu desenvolvimento. Mas, como toda regra tem exceção, pode ser que você tenha a possibilidade de conseguir trazer um cliente importante, com uma solução inovadora. Neste caso, não hesite, faça, mas faça como Bill Gates fez; trouxe a IBM para seu sistema operacional e criou a sua Microsoft.

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